Compartilhar________#13
Mais do que apenas se divertir, compartilhar o que você consome ajuda a se conectar com pessoas, aprender coisas novas e expandir sua visão de mundo.
O que aprendemos nesses últimos dias:
😍 Compartilhar suas experiências culturais é se posicionar de forma social e estética dentro de comunidades;
🤓 A interação com conteúdos diversos e fora da sua zona de conforto amplia o olhar e desenvolve repertórios mais ricos;
👩🏽💻 A Gen Z vem mudando a forma de utilizar as redes sociais, equilibrando recomendações online e conexões sociais;
💡 Quanto maior a diversidade de repertórios culturais, maior a habilidade de encontrar soluções criativas e construir estratégias eficazes.
Esses dias eu vi um filme…
Quem nunca leu um livro ou viu um filme que amou e imediatamente quis indicar para mais pessoas? Ou quantas vezes você já consumiu um conteúdo a partir de uma dica de um post na rede social?
Compartilhar preferências deixou de ser apenas uma forma de mostrar o que as pessoas estão consumindo e tem um papel central na construção de identidade, na formação de comunidades e na descoberta de novos conteúdos.
Quando você torna público seus gostos, permite a conexão com pessoas de interesses semelhantes, cria espaços de pertencimento e diálogo, fortalecendo laços sociais e culturais.
Descobrindo novos favoritos
Em um mundo tomado por redes sociais, plataformas focadas em registrar o que o usuário está consumindo têm se tornado mais populares.
Redes como Skoob, Spotify e Letterbox são cada vez mais usadas por pessoas que gostam de registrar e compartilhar o que estão consumindo no momento, além de opinar sobre os títulos, favorecendo a criação de comunidades e redes de afinidade.
O crescimento do consumo local e do poder de indicações é visível: em 2024, o Spotify bateu recorde no Brasil com R$ 1,6 bilhão em royalties pagos a artistas nacionais, um aumento de 31% em relação a 2023. Mais de 70% desse valor foi para artistas independentes.
As recomendações no TikTok também impactam a forma de consumir. A Gen Z prefere a indicação de um conteúdo da rede social do que uma busca no Google. O algoritmo também tem poder de influência: as sugestões de filmes e séries nos serviços de streamings de TV superaram as indicações de famílias e amigos na hora de escolher o que assistir.
Outro ponto é a criação de hábitos de leitura mais consistentes influenciados por plataformas de leitura. O Skoob, por exemplo, é muito mais que uma estante virtual: os usuários descobrem novos livros e autores a partir das resenhas e recomendações. Essa troca de opiniões transforma a experiência em algo coletivo.
Em contraste com esse cenário de descoberta e recomendações, a solidão e o isolamento social continuam crescendo. Esse contexto reforça a urgência de buscar conexões autênticas e comunidades reais de pertencimento, dentro e fora das redes sociais.
Na busca por conexões autenticas, os perfis chamados “DIX”, para dividir interesses de forma mais seletiva com pessoas de confiança, ganham destaque. Neles, os usuários se apresentam por meio de diferentes aspectos, como se criassem personas online.
“As contas principais, aquelas abertas para qualquer um seguir, podem projetar uma imagem idealizada, enquanto os perfis ‘DIX’ permitem uma expressão mais autêntica e menos filtrada da pessoa” (Angelica Mari, ciberpsicóloga)
Esse movimento revela uma busca por vínculos mais significativos e mostra que, embora as redes sociais ampliem alcance, o que realmente importa é a qualidade das relações construídas.
Conexões culturais, soluções criativas
A psicologia da criatividade mostra que a exposição a experiências culturais e diversas aumenta a produção de ideias originais. Ao descobrir e consumir obras a partir de recomendações, a pessoa entra em contato com narrativas, estéticas e visões de mundo diferentes, expandindo horizontes e ampliando o seu olhar sobre as coisas.
Esse processo também tem reflexos importantes, afinal a diversidade de referências culturais está ligada a uma maior capacidade de resolução criativa de problemas e pensamento estratégico.
Ao se engajar com novas obras e trocar recomendações, indivíduos e marcas desenvolvem repertórios mais amplos, capazes de sustentar escolhas inovadoras e narrativas estratégicas no mercado.
Na DEx01, o compartilhamento de novos conteúdos faz parte da nossa cultura. Temos um canal chamado Culture, um espaço onde os colaboradores recomendam livros, filmes, séries ou qualquer coisa que consideram interessante. Isso faz com que estejamos constantemente alimentando nosso repertório, ampliando nosso olhar e nos conectando ainda mais.
✨ INSIGHT’S TEAM 🧠
Essas dinâmicas de consumo oferecem oportunidades estratégicas importantes. A valorização da diversidade de conteúdos e da descoberta de novos talentos permite que marcas e empresas se posicionem como culturalmente conectadas e inovadoras, reforçando a percepção de relevância junto ao público.
A participação ativa em comunidades digitais, a valorização do consumo local e o incentivo ao compartilhamento de experiências culturais, dentro e fora da empresa permitem uma conexão mais autêntica com o seu público. Observar tendências de consumo e recomendações nas redes pode orientar decisões criativas e campanhas mais efetivas, gerando narrativas relevantes e diversificadas.
Conhecer, compartilhar e se engajar com conteúdos culturais é uma estratégia tanto pessoal quanto profissional, capaz de gerar aprendizado, novas perspectivas e oportunidades de conexão em múltiplos níveis.